O Cemitério Municipal Campo Santo São José foi mais um alvo dos vândalos, que vêm atuando no município do Paulista. Desta vez, o grupo pichou a fachada, o velório e as sete alas de gavetas do local e deixou consternados os parentes das pessoas que ali foram sepultadas. Esse tipo de ato vem se tornando mais frequente nos últimos dois meses, de acordo com a população. Alguns pontos da cidade como escolas também já foram pichados. A ação preocupa por ser recorrente. A Delegacia de Paulista abriu investigação para tentar identificar os suspeitos de terem pichado o cemitério e, consequentemente, para saber se é o mesmo grupo que causando prejuízos em outros prédios públicos.
De acordo com o diretor do cemitério José Carlos Alves, ainda não foi feito um cálculo do prejuízo. Mas praticamente toda a área do local terá que passar por uma manutenção na pintura. “Estou aguardando a chuva dar uma trégua para fazer o orçamento da obra. Quero poder fazer isso o mais rápido possível porque quando as pessoas chegam para fazer o velório aqui, ficam indignadas com as paredes todas pichadas. É o tipo de respeito ao qual eles têm direito e, diante da situação, independe de nós”, explicou José Carlos.
Com relação à segurança no local, o diretor do cemitério disse que existem dois guardas municipais, mas que nenhum deles presenciou a ação do grupo. “Eles devem ter entrado de forma muito ‘discreta’ para não serem percebidos”, disse. João Carlos acredita que eles já devem ser experientes nesse tipo de ação, por isso, não devem ter sido flagrados.
O ato de vandalismo também foi tema de debate no fórum de jornalismo colaborativo, o Cidadão Repórter. O internauta João Cabral afirmou que ficou indignado com pichação. “Não é possível que eles não poupem nem o cemitério. As famílias vão enterrar seus parentes e precisam que o lugar, pelo menos, esteja em boas condições. Já vi várias pichações em escolas também. Não adianta só reclamar. Algo, de fato, precisa ser feito para deter esses vândalos”, ressaltou o cidadão repórter.
A investigação está sendo coordenada pelo delegado Davi Medeiros. Esta semana uma equipe da DP esteve no cemitério para fazer um levantamento para dar início às investigações. “Vamos solicitar que seja feita uma perícia no local e começar a ouvir os funcionários do cemitério. Assim que eles forem identificados, devem responder por crime de dano ao patrimônio. Caso seja constatado que andem em grupos, podem também responder ao inquérito por formação de quadrilha”, explicou Davi Medeiros. Ele não descartou a possibilidade de ser um mesmo grupo que esteja atuando na depredação dos prédios públicos.
